Resenha Critica
Concepção do Amor
Idealizado da mulher no Romantismo
Apresentação/Referência: Costa,
Emilia Viotti; Concepção do Amor e
Idealização da Mulher no Romantismo. Considerações a propósito de uma
obra de Michelete.
Emília Viotti da Costa, professora emérita
de história da América Latina da Universidade de Yale(EUA) e professora emérita
da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Universidade de S.
Paulo ) Dentre seus principais livros estão a “ da Senzala à Colônia (Unesp) “
Coroas de Glória”, “ Lágrimas de Sangue” ( Companhia das Letras ) entre outros
livros.
O artigo “Concepção do Amor e Idealização
da mulher no Romantismo”, do historiador Michelet. Costa ressalta que,
Michelet, encontra várias dificuldades na documentação na abordagem cientifica
da história de sensibilidade. Com tantos documentos, cartas, memórias, obras
literárias. Nem sempre é fácil
interpretar o sentido das palavras de certos grupos sociais. Muitos
escritos são conservados através dos tempos da mesma forma, mas o sentido não é
o mesmo. Isto impõe qualquer historiador na história da
sensibilidade.
Conforme Michelet a concepção do amor
idealizado da mulher do romantismo e através das obras literárias o autor argumenta que a
maneira do amor não tem sido as mesmas através do tempo. Como no tempo da
cavalaria no século XIX.
A maneira de amar, o autor afirma que é
diferente a concepção do amor e da
mulher que encontramos nos dias atuais. Em seu livro o autor apresenta uma visão
do amor e de mulher que pode ser
compreendido dentro das características gerais da literatura romântica.
As manifestações revolucionárias e as transformações sociais políticas já
tinha atingido o mundo ocidental de maneira bem profunda. Eram movimentos liberais
e nacionais, na tentativa de restaurar os antigos regimes. Com esses movimentos
a literatura fortaleceu mais ainda. Foram surgindo novas condições para o homem
das letras. Alguns saíram das classes
populares. O campo do escritor foi ampliando aos poucos com o desenvolvimento
da Imprensa.
O tema amor tem assumido em lugar relevante
na obra dos autores do romantismo, aparecem como espécie de culto a Deus, como
se fosse uma verdadeira religião.
A autora diz que Michelet compara a mulher
como demônio. A mulher anjo é aquela purificadora do coração amante capaz de
enobrecer sua alma aproximando de Deus desperta para o belo. É uma mulher
conselheira inspiradora. Outros autores comparam a mulher como um demônio com
seu encanto mágico, levando a loucura.
Alguns autores como Simon, Fourier tinham
uma preocupação do papel social da mulher, o desejo de libertá-lo da submissão
em que vivia a mulher nas classes médias e de miséria nas camadas populares. O
desejo de igualdade entre o homem e a mulher, a dignidade, o emprego, a educação
para ambos os sexos. Para alguns autores não concordam com a igualdade de
educação para as mulheres.
Segundo Michelet em 1830, a mulher passa a
ser escrava do lar, sacrificada pelo egoísmo feminino era repudiada pela
sociedade.
Para Costa, Michelet, preocupado com os problemas das famílias, para que haja uma
diminuição de suicídio ele troca a mulher frágil e indefesa. Ela que o autor
Michelet descreve a missão da mulher, cuidar do homem e edificar o seu lar.
Depreendemos que Michelet descreve a
fragilidade da mulher a ponto de interferi-lo na alimentação da mulher. Ele
afirma que as mulheres são frias por natureza, cabe ao homem responsabilizar-lo
e moldar a alma e o corpo da mulher.
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