domingo, 21 de junho de 2015



Resenha Critica
Concepção do Amor Idealizado da mulher no Romantismo
Apresentação/Referência: Costa, Emilia Viotti; Concepção do Amor e  Idealização da Mulher no Romantismo. Considerações a propósito de uma obra de Michelete.
    Emília Viotti da Costa, professora emérita de história da América Latina da Universidade de Yale(EUA) e professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Universidade de S. Paulo ) Dentre seus principais livros estão a “ da Senzala à Colônia (Unesp) “ Coroas de Glória”, “ Lágrimas de Sangue” ( Companhia das Letras ) entre outros livros.
    O artigo “Concepção do Amor e Idealização da mulher no Romantismo”, do historiador Michelet. Costa ressalta que, Michelet, encontra várias dificuldades na documentação na abordagem cientifica da história de sensibilidade. Com tantos documentos, cartas, memórias, obras literárias. Nem sempre é fácil  interpretar o sentido das palavras de certos grupos sociais. Muitos escritos são conservados através dos tempos da mesma forma, mas o sentido não é o mesmo.   Isto impõe qualquer historiador na história da sensibilidade.
    Conforme Michelet a concepção do amor idealizado da mulher do romantismo e através das  obras literárias o autor argumenta que a maneira do amor não tem sido as mesmas através do tempo. Como no tempo da cavalaria no século XIX.
     A maneira de amar, o autor afirma que é diferente a  concepção do amor e da mulher que encontramos nos dias atuais. Em seu livro o autor apresenta uma visão do amor e de mulher que  pode ser compreendido dentro das características gerais da literatura romântica.
    As manifestações revolucionárias  e as transformações sociais políticas já tinha atingido o mundo ocidental de maneira bem profunda. Eram movimentos liberais e nacionais, na tentativa de restaurar os antigos regimes. Com esses movimentos a literatura fortaleceu mais ainda. Foram surgindo novas condições para o homem das letras.  Alguns saíram das classes populares. O campo do escritor foi ampliando aos poucos com o desenvolvimento da Imprensa.
    O tema amor tem assumido em lugar relevante na obra dos autores do romantismo, aparecem como espécie de culto a Deus, como se fosse uma verdadeira religião.
    A autora diz que Michelet compara a mulher como demônio. A mulher anjo é aquela purificadora do coração amante capaz de enobrecer sua alma aproximando de Deus desperta para o belo. É uma mulher conselheira inspiradora. Outros autores comparam a mulher como um demônio com seu encanto mágico,  levando a loucura.
    Alguns autores como Simon, Fourier tinham uma preocupação do papel social da mulher, o desejo de libertá-lo da submissão em que vivia a mulher nas classes médias e de miséria nas camadas populares. O desejo de igualdade entre o homem e a mulher, a dignidade, o emprego, a educação para ambos os sexos. Para alguns autores não concordam com a igualdade de educação para as mulheres.
    Segundo Michelet em 1830, a mulher passa a ser escrava do lar, sacrificada pelo egoísmo feminino era repudiada pela sociedade.
    Para Costa, Michelet, preocupado com  os problemas das famílias, para que haja uma diminuição de suicídio ele troca a mulher frágil e indefesa. Ela que o autor Michelet descreve a missão da mulher, cuidar do homem e edificar o seu lar.
    Depreendemos que Michelet descreve a fragilidade da mulher a ponto de interferi-lo na alimentação da mulher. Ele afirma que as mulheres são frias por natureza, cabe ao homem responsabilizar-lo e moldar a alma e o corpo da mulher.


Respostas dos exercícios do Realismo
1)      O quadro de Herkona representa uma família sofrida, exploração de uma criança no trabalho, uma família que morava em um cortiço faltava tudo dentro de casa.
2)      A expressão facial do homem  e da mulher era de fadiga, família sofrida.
 A exploração do trabalho infantil.
3)      São classes sociais baixa. Em que o quadro apresenta índice de pobreza ambiente de miséria, a existência das classes dos trabalhadores.

4)      O autor represente a nesta cena um quadro em que havia grupos diferentes, por um lado grupo de pessoas tranqüilas e por outro lado grupo de pessoas que falta tudo em casa, pessoas que acorda cedo á procura de trabalho.

5)      Por ser uma família grande a casa  tinha um quarto, havia três camas que dividia entre irmãos e irmãs, havia também um armário velho, uma mesa e nada mais.
A autora revela que as condições de vida dessa família é uma situação precária.
6)      As condições de trabalho infantil.
7)      O quarto,  muito pequeno, os irmãos dormiam amontoados, porque não havia cama suficiente para todos e nem espaço para dormir.
8)      A relação que podemos estabelecer entre esse texto e quadro de Hubert Von Herkoner. A vida sofrida da família e a exploração de trabalho.

Página: 137

1)      O comportamento de Antonio é influenciado por uma  genética que determina as ações das pessoas, por filho de Pedro ribeiro deve apresentar um comportamento semelhante ao do pai. São características  da genética.
2)      Segundo o narrador, o fato que levou o padre a depravação moral  é  ir para um lugar em que a sociedade não tinha moral. Em completa liberdade sem disciplina esquecendo o seu caráter sacerdotal, sua missão e sua reputação mergulhando nas ardentes sensualidades de um amor físico.
3)      O autor descreve essa educação de modo positivo dando lhe uma grande cultura de espírito, uma missão em que prega o bem, a salvação da alma.
a)      Antonio não era o único a cair nas tentações da carne. O texto mostra que seus colegas de sacerdócio também caíram no vício da depravação devido ao isolamento e influencia por outros padres.
b)      O texto critica a igreja no sentido de frear as vontades humanas, reprimi os sentimentos que levam o ser humano a ter momentos de prazer.
4)             A diferença do amor de Margarida e Eugenio em relação a Antonio e Clarinha. Eugênio foi internado em um seminário, seus pais, os padres inventaram um casamento dizendo que Margarida tinha casado. O encontro de Antonio e Clarinha depois da ordenança de Antonio, ele vai para uma região do Pará, levar a palavra de Deus, problemas na viagem ele fica ali naquele lugar e conhece Clarinha e se apaixona.
5)      a) O amor de Margarida e Eugênio surgiu ainda no período em que os dois  eram crianças, era um sentimento verdadeiro e bonito que poderia ter sido alimentado e concretizado na fase adulta se os pais não tivessem separado.
c)       Na obra “ O Seminarista” o assunto de uma maneira mais clara e objetiva.   O Missionário, a temática é bem desenvolvida, a linguagem é mais rebuscada.

Exercício da página 143.
1-      Luisa ao se levantar para abrir os vidros da janela, quis provocar o primo Basilo. O calor que ela sentia, significa o desejo, a paixão, uma vontade carnal.
2-      O desejo que um sentia pelo outro, era uma paixão de anos atrás.
3-      Basilo sai ganhando na comparação de Luiza, pois ele possibilitaria a ela muitas viagens, conhecer vários lugares almejados por ela. Já o Jorge, com sua vida modesta e caseira, sendo pobre não iria proporcionar a ela tais momentos de prazer.
4-      Luisa é uma mulher sensível, com a visita do primo seus sentimentos são despertados.
5-      Com a Juliana por perto, se torna um perigo para Luisa, pois irá descobrir  o envolvimento com o primo.
6-      A empregada vivia sob condições precárias, não tinha um conforto e não era bem tratada pelos patrões. Isso era o motivo para ela se vingar da patroa.

Exercícios páginas 144 e 145.

1-      O amor por Amélia desperta em amaro um desejo nunca sentido antes, vontades carnais, também gerou muita impaciência no jovem padre, trouxe orgulho e despertou muitos perigos desejos.
2-      Por que tinham feito padre? Fora a velha pega da marquesa de Alegros! Tinham impelido para o sacerdócio como um boi para o curral.
3-      Sim. Ambos acreditam que o amor deve ser vivido independente de votos religiosos, o amor e os desejos humanos devem ser vividos com liberdade.

Exercício página 146.

1-      No trecho em questão podemos comparar a figura de um padre simples, puro, sensato, que realmente tem vocação religiosa com a figura de um padre depravado, que muitas vezes nem tem o chamado para ser sacerdote e por um motivo ou vai viver o celibato.
b- Sim, pois ele também mostra que nem todos os religiosos são iguais.
2-É comum padre, por mais que vivia uma vida religiosa tem seus prazeres carnais.


Exercício página 148.
1-      O autor enfatiza sua crítica aos progressos do novo século e irônico ao descrever os objetos que existem na sala de Jacinto e a  utilidade que eles apresentem.
2-      Ela critica toda a classe burguesa de sua época, o apego aos bens materiais em detrimento da felicidade.
3-      Sim. Pois todos os dias nós deparamos com pessoas que tem poder, dinheiro, fama, muitos bens materiais, posses e cargos e não são felizes, não são realizadas, não se sentem completas e vive uma vida de aparências.

Exercício página 150.
1-      Á noite, o amor idealizado, o silêncio e a lua.
2-      O eu lírico contrapõe a lua ao meio dia e à tarde rumorosa.
3-      Enquanto no Romantismo a noite era vista como momento oportuno para pensar e viver a dimensão do amor, o Realismo a luz é valorizada no sentido de esclarecimento da vida social, daquilo que é real e verdade.










Exercícios do capitulo 2 do Romantismo em Portugal.
1)      Os árabes se aproximavam, o cavaleiro negro propõe que um dos guerreiros carregasse Hermengarda em segurança para o outro lado da margem, pois ele iria ficar para  lutar com os árabes para garantir que eles conseguissem se salvar.
a)      Após fazer a proposta o cavaleiro fica “quase sufocado de furor e de angústia”, pois nenhum dos guerreiros se voluntariou para carregar Hermengarda em segurança.
b)      Diante desses fatos, o cavaleiro negro toma Hemergada  em seus próprios braços e a carrega para longe a outra margem do rio ele mesmo.
2)      Eurico tem coragem, diferente dos outros guerreiros, e arrisca sua própria vida, quando os outros não quiseram, para tentar manter Hermengarda a salvo.
3)      Hermengada é descrita no texto como um “coração feminino mistura de esforço e timidez, de energia e fraqueza”, características típicas da heroína romântica.
4)      A passagem que permite inferir que Hermengarda ainda sente grande paixão por Eurico no texto é “E ao proferir o cavaleiro negro o nome de Eurico, a irmã de Pelágio soltou um gemido e deu em terra como se fora morta”.
5)      Os cavaleiros são chamados de “cavaleiros da cruz” e quando Eurico quer garantir que eles irão salvar Hermengarda ele pede a eles que jurem “sobre a cruz da sua espada”. A cruz é um símbolo da fé cristã. Os árabes eram considerados infiéis e pagãos, pois não eram adeptos da religião cristã.
6)      A cena apresentada sugere que Zorro é um cavaleiro, misterioso, pois está usando uma máscara e também heróico, pois monta com determinação, provavelmente fugindo de algum perigo ou indo ao resgate de alguém em perigo.
7)      O herói romântico ainda é valorizado, pois a cultura romântica foi muito disseminada e internalizada e hoje, como quando foi estruturado, o romance pode servir como uma válvula de escape para sentimentos e expectativas, ideias e irrealistas que não funcionam na vida real.

Almeida Garret

1)      O campo é idealizado, retratado como algo belo e etéreo, é uma extensão dos sentimentos que o eu-lírico valoriza. A cidade, por sua vez, é desprezada,  considerada artificial, e algo que corrompe a alma e obriga que sua pureza seja deixada para trás, junto ao campo.
2)      A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra e se alastrando por toda a Europa, causou a  substituição da produção artesanal pela indústria,  em série, e teve como conseqüência, além da formação de uma nova classe – o proletariado -, a radical mudança no estilo de vida. Uma dessas mudanças foi à migração do homem do campo, substituindo pela máquina, para a cidade em busca de emprego.

3)       

Texto 1
Texto 2
Qualidades atribuídas à vida no campo
“o negro dos montes erguidos”
“o verde do triste pinheiro”
“liberdade” “inocência” “vigor”
“tudo está em harmonia suave e perfeita”, “paz, saúde, sossego do espírito e repouso do coração”
Comparação entre o ambiente campestre e o paraíso
“paraíso onde livres vivemos...”
“Imagina-se por aqui o Éden que o primeiro homem habitou...”

4)      A leitura dos textos de Garret confirma os comentários do crítico sim, pois em ambos os textos é possível perceber a idealização do campo pelo poeta romântico. Em ambos os textos o campo é visto como um lugar puro, o paraíso e a cidade como o lugar dos sentimentos de vaidade e futilidade.

Amor de perdição
1)      Baltasar acreditava que a mulher devia ser submissa e obedecer cegamente a ordens que lhes eram dadas pelos homens. Para ele, as mulheres não tinham nem o direito de escolher seus próprios maridos.
Essa opinião pode ser tomada como traço das convenções burguesas, pois a mulher burguesa devia ser moldada para o casamento, para ser uma boa esposa e agir de acordo com a vontade do marido, servindo sempre a ele e aos filhos.
2)      A) “Sou um dos criados que minha prima leva em sua companhia. Dois tinha eu há dias, dignos de acompanharem a minha prima; mas esses houve aí um assassino que mos matou. À falta deles, sou eu que me ofereço”.
B) De acordo com a resposta de Teresa ao sobre o episódio ela considerava  o primo um covarde, que deixou que os criados morressem por ele.

3)      A) O herói romântico, como é o caso de Simão, muitas vezes age por impulso e é motivo pelos sentimentos e não pela razão.
b)      A nobreza de Simão é demonstrada no fato de ele se entregar e não fugir, ele assume o seu ato, mesmo que não se arrependa do que fez, não foge por uma questão de honra.
c)      O meirinho estava disposto a deixar Simão fugi porque o reconheceu como um homem importante. Pessoas em posição de poder muitas vezes são privilegiadas.
4)      Teresa é devota ao seu amor por Simão, recusa as tentativas do pai em casá-la, mas é obrigada a ir para um convento, que prefere a ter que renegar aos seus sentimentos. Teresa é passiva e frágil, característica da mulher romântica, mas é tão obstinada e dedicada ao seu amor das formas limitadas que cabiam à mulher daquele tempo.

As pupilas do senhor reitor
1)      O narrador é um narrador em terceira pessoa, que tem uma visão onisciente e opina a respeito dos acontecimentos e valores em discussão.
2)      Em Pedro, o amor veio naturalmente, sem alterar radicalmente seus hábitos, apesar de ocorrerem algumas mudanças, estas eram leves e prazerosas e não lhe tiravam o sono à noite. Pedro é simples e amava sem os exageros que descrevem os poetas. Simão, por sua vez, foi completamente mudado pelo amor, alterou seu comportamento radicalmente no espaço de três meses porque havia se apaixonado.
3)      De Simão, pois de acordo com o narrador de As pupilas do senhor reitor Pedro não era como os amantes wertherianos, “que, por   pequenas coisas, perdem o sono e o apetite”.

João de Deus
         1) O poema mostra uma concepção de amor como algo que não pode ser definido, absoluto, que transforma a realidade e faz quem o sente esquecer o mundo real para só ter olhos quem se ama, criando assim um mundo ideal, que pertence somente aos amantes.  Esta concepção de amor é mais próxima do sentimento consumidor vivido por João e Teresa.
        2) O sinal de interrogação pode ser visto como referência ao mistério do sentimento amoroso, que atinge o eu lírico e não pode ser definido por palavras,apenas sentido.
        3) O eu lírico pensa em quem ama quando está em meio à natureza. 
        4) Os sinais que predominam são o ponto de interrogação e as reticências, que sugerem o extravasamento de emoções, a manifestação de impressões subjetivas e emocionais, sem a preocupação com a lógica ou a razão.
        a)  A função emotiva.
5)       O poema é composto por quatro estrofes de oito versos. Cada verso tem seis sílabas poéticas. O esquema de rimas de cada verso é abacbddc.

William Shakespeare: Romeu e Julieta
1)      Ambos os pais afirmam que fizeram a melhor escolha de marido para a as filhas e quando elas se recusam, eles ameaçam a deserdá-las se não mudarem de ideia.
2)      Os pais ficam furiosos, ambos afirmam que não terão mais filhas se elas não se casarem.
3)      Teresa e Julieta são dedicadas ao amor que sentem, recusam as ofertas dos pais e afirmam que nada do que eles possam fazer irá mudar sua opinião. Isso é uma característica típica da heroína romântica, que apesar de não poder agir em relação ao que sente, reage obstinadamente contra as tentativas de outros personagens de apagá-lo.
4)      Sim, pois na época em que as histórias se passam, era comum que as meninas se casassem com quem  seus pais decidissem que, era conveniente e elas tinham que ser obediente como parte do papel que lhes dizia respeito como mulheres naquela sociedade.  No caso de Julieta e Teresa, seus pretendentes eram muito bem escolhidos, e qualquer menina deveria se considerar sortuda de tê-los, mas elas não.
5)      O Amor se relacionada com a Morte na obra, pois é uma fatalidade, que só pode ser vivido plenamente em outro plano, que se atinge através da morte.
a)      A morte nessas obras é uma fuga da realidade, vista como transcendental, um meio de viver plenamente esses sentimentos.
Atividade Complementar
a)      O Romantismo acontece no contexto da Revolução Francesa, que tinha como ideais: “liberdade, igualdade e fraternidade”.  É o período do fim do absolutismo e da ascenção da burguesia e, como, conseqüência,  início de um liberalismo político, social e de valores.  O Romantismo é a arte dessa burguesia em ascensão e representa os valores dessa classe social e é feita para este público.
b)      Sim, a literatura, de certa forma, é uma imitação do mundo real. Mas também pode servir para nos fazer refletir sobre diversas situações, pois é possível nos identificar com o que lemos e, muitas vezes, nos colocar no lugar desses personagens e as experiências e maneira com que lidam com elas podem nos ensinar muitas coisas.

Página 192
1)      a) A diferença entre os textos é que ambos estão em períodos clássicos diferentes. O texto 2 um poema com características do pré-modernismo. Já o texto 3 relaciona-se com a fase árcade.
b)      No texto 2 há a presença da devoção ao amor, há emoção, drama, pranto, fala sobre a morte “ó retrato da morte, ó noite amiga”. Já o texto 3, é um texto que tem uma visão de mundo voltada para a ciência, ao citar Newton, uma grande cientista, a ciência é o meio de explicar e modificar o mundo. “Que, se o cálculo não erra/ Posto entre o sol e a terra, / Faria eclipse total”. Busca explicar os fatos através da razão, ciência.
2)      A poesia emotiva, solitária, confidente. Há a presença de fatalismo e pessimismo em relação ao mundo.